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A transição do ambiente familiar para o início da vida escolar

Deixar a exclusividade do ambiente domiciliar e iniciar a vida escolar é um passo importante para a vida das crianças. Segurança emocional dos pais e confiança na instituição de ensino são alguns dos elementos que tornam a transição mais suave.
Ir para a escola pela primeira vez é como sair da caverna e descobrir o mundo como ele realmente funciona. A criança abandona o ambiente domiciliar, os rostos familiares e o cuidado atento da babá ou do responsável para se aventurar em um espaço completamente novo, com regras próprias e pessoas que, até ontem, ela desconhecia. Para que pais e filhos se acostumem à nova rotina, a adaptação de ambos é fator-chave.
"Ingressar na escola pela primeira vez é um divisor de águas na vida da criança. Ela parte de uma fase de relação de dependência quase absoluta dos pais para um processo de socialização e independência", explica a psicóloga Fernanda Roche, do Espaço de Desenvolvimento Criança em Foco. Por isso, os pais devem confiar na escola e transmitir tranquilidade ao filho. Do contrário, a insegurança e a ansiedade dos adultos podem atrapalhar a criança.
Uma boa adaptação começa com uma entrevista por parte da instituição sobre os hábitos da família e da criança. "Isso servirá para que, no início, o hábito antigo da criança seja respeitado e modificado gradualmente", diz Fernanda. Outro passo é a participação da família na mudança. "Os pais devem apresentar a escola para o filho e ter muito interesse sobre seu dia a dia, perguntando sobre as dificuldades da criança, indo às reuniões e olhando o material. Essa é uma boa forma de acompanhar o desenvolvimento do aluno."
Segundo Fernanda, a partir dos três anos a criança deve estar na escola. "Antes dessa idade, o ingresso dependerá de pais e filhos estarem prontos para esse passo. A criança dará sinais quando estiver preparada, como ir ao colo de outros adultos sem chorar, olhar para outros ambientes com curiosidade e sair brincando em alguns ambientes desconhecidos", explica.
No caso de pais que precisam trabalhar e não têm com quem deixar o filho pequeno, o caminho é procurar um berçário ou uma creche de confiança. Na avaliação dos especialistas em educação, é melhor a criança ir para uma instituição de ensino logo cedo do que ficar em casa com alguém sem a formação apropriada para prestar os devidos cuidados.
 
 
 
 
DICAS:
 
·             Ao conhecer a escola, informe-se sobre o processo de adaptação e as atividades. Converse com a criança; é importante nomear o que ela vai encontrar ali, inclusive a professora.
 
·             Caso a criança pergunte se você ficará junto dela, explique que no começo, sim, mas que logo ela estará fazendo tantas coisas interessantes que nem sentirá sua falta.
 
 
·             Programe-se com o pai para que um dos dois sempre esteja disponível nos primeiros dias da adaptação.
 
·             Leve um pouco de casa para a escola: o lanche predileto do pequeno, um brinquedo ou “o paninho”.
 
 
·             Não force seu filho a se engajar nas atividades nem pergunte a toda hora se você já pode ir.
 
·             Quando sair da escola, nunca deixe de se despedir do pequeno.
 
 
·             Se seu filho o procurar, remeta-o delicadamente de volta à professora ou aos amiguinhos. Evite se isolar com ele num canto da sala.
 
·             Não critique a escola em casa. Se desconfiar de algum problema, marque uma reunião com a coordenadora pedagógica.
 
·             Estabeleça uma rotina. Nada pior para a criança do que a situação de aluno-turista. Nessa idade, previsibilidade é sinônimo de segurança, requisito fundamental para a boa adaptação na pré-escola e, mais tarde, em todos os campos da vida.



Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/especiais/guia-de-matriculas/a-transicao-do-ambiente-familiar-para-o-inicio-da-vida-escolar-byc6eyn10c0gwdx1lqwmvw40e
http://www.eeiespacodosaber.com.br/1120.html



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